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Não há paz! Por que somos tão propensos à discórdia

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Comentário ao Evangelho de Domingo 28 de maio de 2023

Resumo

Domingo de Pentecostes - Ano A

Actos 2,1-11 Sl 103 1Cor 12,3-7.12-13 Jo 20,19-23

A multiplicidade, se não tem a coesão da unidade, é origem de divisões e desavenças
Santo Agostinho,Discurso272/B, 2

Pace, Non c’è pace! Commento al Vangelo di Domenica 28 maggio 2023 — Não há paz! 3

a discórdia desmancha-prazeres

A discórdia é uma cifra da existência humana. Somos levados a nos dividir, a fazer uns dos outros guerra, para nos olhar com desconfiança. Estamos contribuindo ativamente para a construção de um mundo do mal.

Lo avevano capito anche gli antichi greci che avevano immaginato una dea specificamente dedita alla discordia.

Si tratta di Eris che Omero definisce “signora del dolore”. Eris è particolarmente attiva durante le guerre, accanto al fratello Ares, con lo scopo di rendere combattivi i cuori dei soldati in guerra.

Um dos episódios famosos que a vê herói foi o que aconteceu durante o banquete do casamento de Peleu e Tétis, para o qual Eris não foi convidada (todos gostaríamos de evitar discórdias nos momentos de festa). Para se vingar, Eris joga uma maçã entre os convidados na qual estava escrito "para o mais bonito”.

Da qui la lite tra Era, Afrodite e Atena per contendersi il titolo onorifico.

De uma discórdia trivial, como esta, podem surgir consequências prejudiciais: de fato, dessa briga levaremos à Guerra de Tróia!

Começando com orgulho

A discórdia e a divisão, como a que aconteceu em Babel (cf. Gn 11, 1-9), onde já não nos entendemos, são o sinal da ausência do Espírito. A divisão está entre nós, mas muitas vezes também está dentro de nós, quando vozes conflitantes se agitam e lutam dentro das nossas. coração.

Di solito l’origine della divisione è la superbia, la pretesa di sembrare migliori degli altri: le tre dee greche si contendono un titolo persino illusorio.

Andiamo spesso dietro a gratificazioni che non esistono, si chiamano infatti vanità, cose vuote e inconsistenti, che però muovono il nostro animo a schierarsi a battaglia.

Quando afirmamos ser o primeiro ou o melhor, o outro se torna um adversário a ser derrotado: Eris, discórdia, torna nosso coração ousado, cega nossa visão, nos impede de ver quem está à nossa frente, queremos apenas eliminar o outros na ilusão de que assim finalmente teremos o nosso merecido espaço. O outro com sua presença nos devolve a imagem de nossa derrota e de nossa limitação.

Crie as condições

Paradoxalmente, embora esta seja a condição ordinária do coração humano, todos nós rapidamente reconhecemos que não gostaríamos de viver divididos, mas afirmamos que desejamos harmonia, paz e tranquilidade.

O texto doAtos dos Apóstoloschama a atenção para as condições que permitem receber a comunhão como sinal de Espírito.

Prima di tutto ci viene detto che i discepoli si trovavano nello stesso luogo (cf At 2,1): non sono dispersi, non stanno lavorando ciascuno per se stesso, ma si ritrovano, forse per condividere coraggiosamente quello che stanno vivendo.

Eles não se defendem e não se separam. Permanecer no mesmo lugar significa deixar de guerrear uns contra os outros, habitar juntos o que nos é querido. Estão no mesmo projeto, no mesmo desejo, no mesmo sonho.

L’immagine dello Spirito descritta in questo testo è quella di uno stesso fuoco che si divide, una stessa sorgente, da cui ciascuno riceve.

O Espírito está onde desejamos compartilhar, dove nessuno trattiene per sé, dove ci riconosciamo figli di uno stesso padre, dove mettiamo insieme quello che abbiamo, le nostre risorse, le nostre conoscenze, i nostri doni.

Juntar e compartilhar é um ato corajoso e por isso não é tão frequente. Geralmente tendemos a buscar nosso próprio interesse.

Comunicar

O efeito do Espírito é o Comunhão porque os discípulos conseguem fazer-se entender mesmo falando línguas diferentes. não por acasocomunicareComunhãotêm a mesma raiz:porra–munus, reunir ummunus, que é um dom e uma responsabilidade.

Il segno della comunione è il successo della comunicazione: parliamo la stessa lingua, cioè riusciamo a capirci, perché abbiamo nel cuore lo stesso desiderio.

Quando la comunione si spezza, non ci si capisce più, si diventa estranei.

Se pensarmos bem, o que rompe a comunhão é tudo aquilo que não vem do Espírito: já não conseguimos compreender-nos quando cada um procura apenas as suas próprias razões, quando tentamos truque o outro, quando nos escondemos atrás de nossos preconceitos.

Perdão fruto do Espírito

Ao contrário, o texto doEvangelho de João ci ricorda che laddove c’è l’amore, come diceva Sant’Agostino, non ci può essere timore (cf confissões I,14): quando Gesù sta in mezzo alla comunità e dona lo Spirito, le porte del cenacolo cominciano ad aprirsi, non subito, certo, ma è l’inizio di un cammino.

E o fruto do Espírito, nos diz oEvangelho de João, è la capacità di perdonare: lo Spirito è pace.

Se non perdoniamo, tratteniamo presso di noi il male, il rancore, la rabbia. Perdonare vuol dire lasciar andare.

É uma libertação não só para quem é perdoado, mas também para quem perdoa. O Espírito é onde há perdão.

o indescritível

Espírito é como vento (At 2,2) e come soffio (Gv 20,22), è inafferrabile. Ne sentiamo gli effetti, ma non possiamo né afferrarlo, né trattenerlo.

O Espírito sopra onde quer, podemos invocá-lo, esperá-lo, criar condições para o acolher, mas ele surpreende-nos sempre com a sua presença.

Na nossa vida podemos escolher se invocamos a presença do Espírito ou se queremos continuar a atirar maçãs nos banquetes dos outros só porque não fomos convidados!